O parlamentar lembrou as eleições de 1982 para o governo do Rio. Na apuração, a rede Globo divulgou os dados da empresa de tecnologia Proconsult, acusada de totalizar os votos de forma a prejudicar o ex-governador Leonel Brizola, desafeto declarado da emissora, e beneficiar o candidato Moreira Franco. Outro exemplo de manipulação da empresa teria acontecido nas eleições de 1989 para presidente, quando, através de edição do último debate, a Globo teria beneficiado o candidato Fernando Collor em detrimento a Luiz Inácio Lula da Silva.
O vereador Jorge Braz também falou do escândalo Time Life: “Em 1962, Roberto Marinho assina acordo com o Grupo Norte-Americano Time Life, desrespeitando o artigo 160 da Constituição da época, segundo o qual estrangeiros não poderiam participar da gestão dos meios de comunicação brasileiros”. O vereador citou, ainda, o uso ilegal de espaços públicos pela Globo, uma prática comum da organização, conforme denúncia publicada na Folha Universal. Um exemplo é um terreno de 12 mil metros quadrados numa área nobre da cidade de São Paulo, avaliado em R$ 11,5 milhões e que virou quintal da Globo. O terreno fica ao lado do prédio da empresa, na Zona Sul da capital, e foi cercado há 11 anos. Segundo a reportagem, o uso do espaço é restrito aos funcionários. O absurdo acontece numa cidade carente de praças e parques. No Rio de Janeiro, diz a matéria, “o Estádio de Remo da Lagoa, na Zona Sul, pode virar uma produtora de vídeo explorada por uma empresa ligada à família Marinho.
Jorge Braz lembrou que a Globo é fruto da ditadura militar e acostumada a privilégios. A Caixa Econômica Federal, por exemplo, concedeu, segundo denúncia, empréstimo de quase 40 milhões de dólares para a empresa montar o conjunto de estúdios conhecido como Projac. Um financiamento ilegal, já que a Globo opera concessão pública.
O vereador Jorge Braz também criticou o ataque da Rede Globo aos evangélicos, como aconteceu na minissérie “Decadência”, que mostrava um pastor enriquecendo depois de formar uma igreja. Esse preconceito se repetiu em várias outras ocasiões, como na novela em que uma cristã colocava sutiã e calcinhas sobre a Bíblia. “A Globo tem uma crença na impunidade. Sobram denúncias e suspeitas contra o grupo da família Marinho, mas nada é, sequer, investigado. Quem pode salvar o Brasil da Globo?”, concluiu o vereador Jorge Braz, convidando os parlamentares a lerem a reportagem citada, independente de suas crenças.

