sexta-feira, 6 de agosto de 2010

VEREADOR JORGE BRAZ ALERTA CONTRA FARSA DA GLOBO: MANIPULAÇÃO DE INFORMAÇÕES, USO INDEVIDO DO ESPAÇO PÚBLICO E ACORDOS ILEGAIS

O vereador Jorge Braz engrossou o discurso, no plenário da Câmara, contra a rede Globo. Citou matéria especial da Folha Universal com tiragem de mais de três milhões e meio de jornais e graves denúncias contra as Organizações de Roberto Marinho: “7 motivos por que a Globo faz tão mal ao país”. “A Globo foi acusada de manipular eleições, falsificar documentos, apropriar-se de terrenos públicos e pagar aventuras empresariais com dinheiro do povo. Prejudica o Brasil e continua impune”, disse o vereador citando trechos da reportagem.
O parlamentar lembrou as eleições de 1982 para o governo do Rio. Na apuração, a rede Globo divulgou os dados da empresa de tecnologia Proconsult, acusada de totalizar os votos de forma a prejudicar o ex-governador Leonel Brizola, desafeto declarado da emissora, e beneficiar o candidato Moreira Franco. Outro exemplo de manipulação da empresa teria acontecido nas eleições de 1989 para presidente, quando, através de edição do último debate, a Globo teria beneficiado o candidato Fernando Collor em detrimento a Luiz Inácio Lula da Silva.
O vereador Jorge Braz também falou do escândalo Time Life: “Em 1962, Roberto Marinho assina acordo com o Grupo Norte-Americano Time Life, desrespeitando o artigo 160 da Constituição da época, segundo o qual estrangeiros não poderiam participar da gestão dos meios de comunicação brasileiros”. O vereador citou, ainda, o uso ilegal de espaços públicos pela Globo, uma prática comum da organização, conforme denúncia publicada na Folha Universal. Um exemplo é um terreno de 12 mil metros quadrados numa área nobre da cidade de São Paulo, avaliado em R$ 11,5 milhões e que virou quintal da Globo. O terreno fica ao lado do prédio da empresa, na Zona Sul da capital, e foi cercado há 11 anos. Segundo a reportagem, o uso do espaço é restrito aos funcionários. O absurdo acontece numa cidade carente de praças e parques. No Rio de Janeiro, diz a matéria, “o Estádio de Remo da Lagoa, na Zona Sul, pode virar uma produtora de vídeo explorada por uma empresa ligada à família Marinho.
Jorge Braz lembrou que a Globo é fruto da ditadura militar e acostumada a privilégios. A Caixa Econômica Federal, por exemplo, concedeu, segundo denúncia, empréstimo de quase 40 milhões de dólares para a empresa montar o conjunto de estúdios conhecido como Projac. Um financiamento ilegal, já que a Globo opera concessão pública.
O vereador Jorge Braz também criticou o ataque da Rede Globo aos evangélicos, como aconteceu na minissérie “Decadência”, que mostrava um pastor enriquecendo depois de formar uma igreja. Esse preconceito se repetiu em várias outras ocasiões, como na novela em que uma cristã colocava sutiã e calcinhas sobre a Bíblia. “A Globo tem uma crença na impunidade. Sobram denúncias e suspeitas contra o grupo da família Marinho, mas nada é, sequer, investigado. Quem pode salvar o Brasil da Globo?”, concluiu o vereador Jorge Braz, convidando os parlamentares a lerem a reportagem citada, independente de suas crenças.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

OS MANOS DA OFICINA

“TV Globo é condenada a pagar R$ 1 milhão para ‘Latininho’

O Tribunal de Justiça do Rio condenou a TV Globo a indenizar por danos morais Rafael Pereira dos Santos, que ficou conhecido como ‘Latininho’, alusão ao cantor Latino. Rafael foi apresentado no dia 8 de setembro de 96, quando tinha 15 anos, no ‘Domingão do Faustão’. Portador da Síndrome de Seckeel, uma deficiência de crescimento, ele mede 87 centímetros e sofre de problemas mentais.A juíza Simone Gastesi Chevrand Folly, da 21ª Vara Cível, condenou a emissora a indenizar o rapaz em R$ 1 milhão. Em sua sentença, proferida no dia 11, a juíza entendeu que Rafael foi humilhado pelo apresentador.
A assessoria de imprensa da Globo disse que, até o início da noite de ontem, não havia sido notificada da decisão e que só se pronunciaria sobre o caso quando fosse oficialmente informada”.

Rosinha e Record acusam Globo de corrupção

Quem assiste o Jornal da Record viu os trechos do discurso da quase ex-governadora do Rio de Janeiro, Rosinha Matheus, acusando a Globo de corrupção. Em sua declaração, a governadora denúnciou todas as falcatruas já conhecidas da Globo (dívidas do BNDES, caso Criança Esperança, calotes nos credores, manipulação da eleição de 89 e várias outras). O destaque ficou por conta de uma denúncia de uma conta nas Bahamas, um paraíso fiscal. Essa conta teria mais de US$ 100 milhões. A governadora também acusa a Globo de ter uma dívida de R$ 54 milhões com o Estado do Rio de Janeiro de ICMS dos assinantes da Net/Sky que não é repassado.
Rosinha também acusou a Rede Globo de ter veiculado “insanidades” sobre ela e seu marido, o ex-governador Antony Garotinho e repetiu incansavelmente o bordão “O povo não é bobo, abaixo a Rede Globo”, usado em protestos na época da ditadura, das “Diretas Já”, na campanha de Lula em 89 e no protestos de Brizolistas (militantes do Brizola) na apuração de 94, atiçando os presentes nas galerias da Alerj, onde fazia seu discurso. Rosinha saiu do local sem falar com a imprensa.
A assessoria de imprensa da Rede Globo disse que “essas afirmações são fantasiosas e vem sendo repetidas por ela nos últimos tempos e que não condizem com a realidade”.
A Rede Record, atual concorrente assídua da Rede Globo, usou esse depoimento no Domingo Espetacular para atacar a concorrente. Além do depoimento, o programa exibiu uma longa reportagem falando dos “podres” da emissora (sonegação, manipulação, lavagem de dinheiro e etc) e exibiu as denúncias do ex-repórter da TV Globo Rodrigo Viana, que não teve seu contrato renovado.

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

O milagre de César Tralli



Então aproveito para passar a limpo uma sujeira. Essa, sim, é das grossas. Um crime de imprensa, indesculpável, venal, premeditado. Sórdido.

Seu autor foi meu colega de trabalho na rádio Jovem Pan. Seguiu de lá para uma “carreira vitoriosa”, como se diz, não sem dar alguns tropeços pelo caminho. Ele sempre teve aquela voracidade que costuma ser a marca dos vencedores. Um grande repórter. Tinha meu respeito por isso.

Aí comecei a prestar atenção nos seguidos furos jornalísticos dele. Não gostei do que vi. A gente treina o olho para identificar que interesse está por trás de uma notícia exclusiva. E como ela se constrói.

Em setembro de 2005, quando da prisão de Flavio Maluf, o jornalista foi flagrado no exato momento da operação usando boné e roupas semelhantes às usadas por policiais federais. Somente ele presenciou e gravou a prisão do empresário. Hum.

Ano passado, foi chamado a depor na PF sobre o vazamento da Operação Satiagraha. De novo, o repórter sabia antecipadamente dos mandados de prisão e de busca e apreensão às casas dos banqueiros Daniel Dantas e Naji Nahas, e do ex-prefeito Celso Pitta. Humpf.

Um profissional assim é o sonho de muitos patrões da mídia. Consegue se misturar com tiras e meganhas.

E os bandidos? Questão de tempo?

O fato é que Cesar Tralli deve ser visto com ótimos olhos pelos seus superiores. E, portanto, é lembrado na hora dos trabalhos mais difíceis. E, todos sabemos, alguém tem que fazer o serviço sujo.

Pois bem, assistam a essa reportagem do Domingo Espetacular do último dia 15 de novembro. A matéria é longa, começa muito bem, perde o ritmo lá pelas tantas e se permite algumas subjetividades. Mas na essência é bom jornalismo. E faz uma denúncia grave, que não teve a repercussão merecida. Vale a pena ser vista:



Como dá pra ver, a manipulação cometida por Tralli é grosseira. E, repito, criminosa. Uma vergonha.

Para atingir seus fins maquiavélicos, se ajoelha, lambe as botas de quem lhe paga o salário e transforma instituição de caridade em Igreja (qual seria, ó duvida?) e aparelho de TV de plasma em emissora de televisão (Qual? Qual? Me ajudem!).

Bater na Globo faz tempo é esporte nacional. Desde as Diretas Já o povo grita que não é bobo. Com a efetiva democratização deste país e a consequente (e ainda tímida) desconcentração de poder, a velha senhora do Jardim Botânico já não é mais a mesma. E tem que se expor, passar recibo, dar bandeira do quanto está preocupada em perder sua liderança outrora intocável.

Mas façam isso de forma leal. Se alguém aceita perder sua credibilidade, só podemos lamentar. Ninguém faz o serviço sujo e fica de mãos limpas.